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Pesquisa [1]

A pesquisa será realizada mediante a implementação de um servidor web de uso compartilhado (veja abaixo Plataforma Sociotécnica). O processo de construção dos protocolos sociotécnicos de operação deste servidor, mediante a tradução de princípios ético-políticos para as configurações do aparato técnico, servirá de disparador de nossas reflexões.

Compreender a cultura epistêmica de grupos tecnoativistas em relação às reconfigurações sociais emergentes em contextos de ampla mediação das tecnologias digitais de comunicação, com ênfase nas seguintes direções:

  • como regular os efeitos da mediação sociotécnica em termos de abertura ou fechamento das informações e conhecimentos produzidos?
  • quais os desafios (teóricos e práticos) para engendrar modos de colaboração, partilha e tradução dos conhecimentos produzidos entre grupos com culturas epistêmicas distintas?
  • quais as formas de articulação de normas/princípios sociais em aparatos materiais de comunicação digital?
  • possíveis formas para tornar visível, tangível o que ainda é percebido de forma sutil?

Extensão e Pesquisa aplicada

Desenvolver e/ou disseminar tecnologias e ferramentas que promovam a autonomia de indivíduos e grupos na garantia de sua liberdade e privacidade, em conformidade aos direitos civis e políticos, frente à presença de dispositivos de vigilância no cotidiano das comunicações e da vida urbana contemporâneas. Também serão priorizadas tecnologias sociais voltadas para o conhecimento crítico e a problematização das implicações destes dispositivos.

Tal ação se desenvolverá mediante a criação de um servidor web que funcione como um protótipo de rede de servidores com especificações de segurança e suite de serviços de comunicação. Esta rede de servidores integrará três universidades brasileiras ‐ Unifesp, Unicamp, UFRJ ‐ e funcionará como uma incubadora de projetos de pesquisa e extensão que demandam especificações de privacidade e segurança para ações de colaboração entre universidade e sociedade civil.

Construção metodológica

Os procedimentos da investigação apoiam-se na construção colaborativa entre pesquisadores e grupos ativistas, inspirados na pesquisa-ação ou co-pesquisa. Para compreender como os sujeitos conhecem e se organizam através das mediações tecnológicas, propomos a realização de ações/intervenções conjuntas: projetos de pesquisa participativa, investigação pré-figurativa, prototipagem. Ou seja, propomos a criação de situações que promovam experiências problematizadoras. Por exemplo, ao criar junto a grupos específicos situações de uso alternativo de uma tecnologia, potencializamos uma experiencia de estranhamento que cria um fenômeno emergente através do qual pretendemos investigar tanto as dinâmicas sociais instituídas quanto os novos sentidos, modos de associação e práticas produzidas.
Execução da Pesquisa dividida em 3 eixos:

[1] Pesquisa teórica

[2] Pesquisa situada e participativa: análise co-produzida no acompanhamento de ações e projetos realizados:

  • experiências brasileiras de ação-investigação-tecnoativista
  • tecnocidadãos
  • coletivos tecnoativistas
  • movimentos sociais e internet
  • coletivos de arte-política-tecnologia
  • pesquisadores ativistas
  • produção de conhecimento rebelde em contextos de comunicação distribuída.

[3] Prática experimental: junto a coletivos e movimentos sociais, desenvolver tecnologias (sociais, soft e hard) de comunicação que atendam as demandas e potencializem seus modos de organização. O protótipo permite colocar em movimento as questoes que são investigadas.

3.1 Colaboração para o desenvolvimento do Protocolo Investigativista.

3.2 Construção da Plataforma Sociotécnica

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[1] Esta pesquisa é parte integrante do Projeto “Interseções entre pesquisa, ação e tecnologia: Rede Latino-Americana de Estudos sobre Vigilância, Tecnologia e Sociedade (LAVITS)

 
Descrição: À luz de uma série de eventos e processos recentes, é extremamente importante para ampliar o debate público sobre a cultura crescente de vigilância e monitoramento de populações por Estados e corporações. Este projeto destina-se a disseminar esse cenário para os estudiosos, ativistas e do público em geral, através da construção de um discurso crítico sobre as implicações da “normalização” das práticas de vigilância. Simultaneamente pretende-se incentivar a consolidação e expansão das atividades da LAVITS (Rede Latino-Americana de Vigilância, Tecnologia e Estudos da Sociedade). O objetivo é não só para aumentar o debate sobre procedimentos de monitoramento atuais na América Latina, mas também promover o intercâmbio entre a investigação acadêmica e outros setores da sociedade civil que estão criando conhecimento e ações (sociais, artísticas, culturais) nesse contexto. Este projeto coordenado pela prof Dra. Fernanda Bruno a partir da UFRJ, mas executado em diferentes universidades, centra-se principalmente em três eixos de ação: pesquisa; intervenções criativas e desenvolvimento de tecnologia. O primeiro eixo aspira a impulsionar o desenvolvimento e cooperação de projetos de pesquisa voltados para os procedimentos de vigilância emergentes no Brasil e na América Latina. O segundo eixo centra-se nas intersecções e do diálogo entre as universidades e sociedade civil propondo atividades orientadas. Por fim, o terceiro eixo é dedicado ao desenvolvimento e disseminação de ferramentas que aumentem o conhecimento e proporcionar aos indivíduos e grupos com os meios para proteger a sua liberdade e privacidade na comunicação e atividades de todos os dias.

Integrantes: Coordenadora – Fernanda Glória Bruno/ Marta Mourao Kanashiro – Integrante / Rafael de Almeida Evangelista – Integrante / Rodrigo José Firmino – Integrante / Nelson Arteaga Botello – Integrante / Lucas de Melo Melgaço – Integrante /  Henrique Zoqui Martins Parra – Integrante / Rosa Maria Leite Ribeiro Pedro – Integrante / Bruno Vasconcelos Cardoso – Integrante.
Financiador: Fundação Ford